Pompoarismo, você sabe o que é?!

por Adriana Oliveira
Silva & Silva (2003, p. 206) descrevem em seu artigo que as estruturas ósseas da pelve são constituídas pelo músculo da pelve, que são interligadas pelas fibras musculares lisas dos ligamentos e pelos tecidos conjuntivos que envolvem 13, músculos vasos sanguíneos e nervos, tanto na face inferior e posterior do músculo. Estes são responsáveis em sustentar a bexiga e a uretra, fazendo com que as vísceras sejam apoiadas em posição vertical.
Por se ter uma grande parte de músculos nessa região, alguns autores afirmam que existem alguns fatores de riscos que pode gerar uma desordem no pavimento pélvico. Essas desordens podem ser devido à idade (menopausa), peso do recém-nascido (bebês muito pesados), cirurgias na área e mulheres com poder econômico mais baixo.
            A função sexual é um conceito complexo e multidimensional que incluem aspectos físicos, psicológicos, emocionais e os parceiros. Evidencia internacional observa que existe uma associação entre os sintomas de distúrbios do assoalho pélvico e função sexual; onde mulheres relataram menor libido, diminuição da excitação, menor freqüência de orgasmos e mais dispareunia, sendo este último um sintoma comum.
O estudo da sexualidade da mulher, coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo aponta que as queixas de falta de desejo, ausência de orgasmo, dificuldade de chegar à excitação e dor durante a relação sexual, afetam e atrapalham a vida sexual de 54% da população feminina. Especialistas acreditam que estes distúrbios no prazer sexual feminino devem - se ao fato de que grande parte das mulheres ainda desconhece o seu próprio corpo, fator dificilmente encontrado nos homens (Oyama, 2002).
Acredita-se que a preconização de exercícios perineais, descrita por Kegel na década de 50, possa solucionar o problema supracitado pela grande repercussão positiva que uma conscientização do músculo perineal pode trazer (Rabelo, 2002 citado por Delvin & Webber, 2004, p. 33).
Para o Oriente, sempre existiu um desejo profundo de se desenvolverem métodos para ampliar e capturar o reconhecimento de que a sexualidade e as experiências orgásticas pudessem lhes proporcionar. Há milhões eles já possuíam manuais de sexo, onde favorecia o fortalecimento da musculatura pélvica e automaticamente gerava o prazer. Por este motivo, eles são conhecidos em possuir as técnicas sexuais mais aprimoradas do mundo, como o kama sutra, pompoarismo e sexo tântrico (Leonardi, 1996 citado por Rodrigues, 2001, p).
O pompoarismo é uma antiga técnica oriental, derivada do tantra, onde trabalha-se a contração e o relaxamento dos músculos da pelve, buscando como resultado único o prazer sexual. Os exercícios são realizados com o auxílio de cones e do ben-wa, que consistem em pequenas bolas ligadas através de um cordão de nylon, conhecidas também como bolinhas tailandesas, e um vibrador semelhante ao pênis (Alves, 2008).

Os especialistas ocidentais já aceitam o músculo da pelve como responsável, em parte, pelo prazer sexual e acreditam que a consciência da sua existência e localização, bem como o fortalecimento deste pode levar as mulheres mais facilmente ao orgasmo, além de torna-los mais intensos (Piontek, 1998, p. 218). Diante de alguns estudos, pode-se observar que muitas mulheres possuem dificuldades em reconhecer e identificar a musculatura pélvica, permitindo assim que as mesmas desenvolvam as desordens do assoalho, bem como algumas disfunções sexuais (Lorius, 2000 citado por Alves, 2008).

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